sexta-feira, 15 de abril de 2022

A REVELAÇÃO DA BESTA (666) PARA NOSSOS DIAS

 A REVELAÇÃO DA BESTA (666) PARA NOSSOS DIAS 

Apocalipse 13.1-18 


Obs.: Sugiro a prévia leitura da referência bíblica (Apocalipse 13.1-18), que é a base deste artigo, para um melhor entendimento do mesmo.

 

           A BESTA QUE SURGIU DO MAR (Ap. 13.1-10)

       Este artigo se concentra nos versículos 11 a 18, do capítulo 13, do livro de Apocalipse, onde começa a falar da segunda besta que surgiu da terra, a qual vou analisar versículo por versículo. No entanto, não poderemos tratar desse assunto, ponto a ponto, sobre essa besta que surgiu da terra, sem antes dar uma visão geral do que se trata a primeira besta que surgiu do mar, e que dá início a toda uma sequência de eventos que se desenrolam no decorrer do capítulo inteiro. Isso se faz necessário para que possamos ter uma melhor compreensão dos argumentos que serão explanados.

        Quando o capítulo começa falando sobre areia do mar, é impossível não fazer uma correlação sobre a descendência de Abraão, que seria como areia do mar, referindo-se a pessoas, povos e multidões. Ficando claro assim, que essa primeira besta que surge do mar, com sete cabeças, dez chifres e dez diademas, trata-se de nações (cabeças), poder (chifres) e domínio (diademas), que formam o sistema político de governo mundial surgido do próprio povo (Mar), e que possui uma força conjunta de domínio muito maior que qualquer nação sozinha, e é esse sistema político de governo mundial composto por todos os países, que detém o domínio sobre todos os povos, línguas e nações.

        Por isso, existem as organizações mundiais onde se reúnem as maiores nações do mundo para politicamente tomarem as decisões que refletirão em todas as nações (ONU, OMC, OTAN, OIT, OCDE). O próprio nome besta, já denomina que não se trata de uma única pessoa, uma única face, de uma unanimidade perfeita, mas da junção de diversos sistemas políticos de governo e as particularidades internas de cada país (democracia, capitalismo, socialismo), que se juntam para formar esse único poder de domínio mundial cheio de remendos e contradições que não se parece em nada com uma imagem de algo natural conhecida por humanos, é uma besta. Mas que atua no mundo, tem vida própria, toma decisões, e isso tudo porque, por trás, há o dragão, a antiga serpente, que concede poder, trono e domínio, em troca de sempre ter influência no mundo, impondo suas regras e seus interesses, até que ele entre em "rota de colisão" direta com o criador e toda a sua descendência na terra.

        Esse trecho da bíblia, ainda fala de uma das cabeças ferida de morte que foi curada. O domínio e poder das nações é medido pela potência econômica de cada uma, é isso que determina quem manda mais que a outra, e hoje entre as nações, as sete maiores cabeças que possuem maior poderio econômico no mundo, são as que possuem os maiores PIBs (Produto Interno Bruto — 2021) mundiais:

        1º - Estados Unidos, com 22,9 Trilhões de dólares.

        2º - China, com 17,6 Trilhões de dólares.

        3º - Japão, com 4,9 Trilhões de dólares.

        4º - Alemanha, com 4,2 Trilhões de dólares.

        5º - Índia, com 3,0 Trilhões de dólares. 

        6º - Reino Unido, com 2,9 Trilhões de dólares. 

        7º - França, com 2,9 Trilhões de dólares. 

        Em 1929 uma dessas sete cabeças foi ferida de morte. Foi quando os Estados Unidos sofreram a maior crise econômica da sua história, praticamente quebrando o país, afetando toda a economia mundial. Onde, antes disso acontecer, as pessoas viviam em plena euforia econômica, comprando carros, eletrodomésticos, casas, tudo de forma desenfreada, até a bolha econômica explodir e tudo vir por águas abaixo. No entanto, apesar dessa cabeça ter sofrido essa chaga mortal, ela foi curada, e toda a população americana e mundial se regozijou com essa recuperação porque, com isso, voltava também a estabilidade econômica mundial. 

        A BESTA QUE SURGIU DA TERRA (Ap.13.11-18) 

        “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, e falava como o dragão” v.11.

     Conforme explicado anteriormente, a primeira besta refere-se ao sistema de governo mundial formado pela junção (não união) de todas as nações, e que se reúnem para tomar decisões, teoricamente, em prol de um bem comum a todas as nações, em que esse sistema é regido por dois grandes poderes: político e econômico, do qual, quem manda mesmo, é o poder econômico, que representa realmente a força, o poder e o domínio da besta sobre todos os povos.

          segunda Besta, diferente da primeira que surgiu do mar, esta surge do ápice da materialidade do conhecimento técnico e científico humano, ou seja, de algo puramente terreno, mas que tem importância e abrangência mundial, por isso esta segunda besta é da terra. E a maior invenção da atualidade com essa importância, que está no nível das grandes descobertas dos séculos dezoito e dezenove, e que tem o poder de influenciar, criar novas culturas, ditar normas e regras sociais, se metamorfosear com o sistema econômico e criar novas formas de trabalho e ganhos financeiros, e com capacidade de elevar um mendigo a categoria de celebridade e derrubar grandes celebridades com cancelamentos virtuais, é a Internet.

            Mas essa segunda besta (internet), possui dois chifres que parecem cordeiros, mas que falam como dragão. E a internet, assim como a primeira besta, também possui dois fundamentos que dão base para a sua existência que, a princípio, foram desenvolvidos sem um caráter dominador e totalmente inofensivos a sociedade, simplesmente para modernizar nossa forma de trabalho e melhorar a vida de todos com novas profissões e novos conhecimentos a serem adquiridos e compartilhados para um bem comum, que são a tecnologia e o mundo virtual (dois chifres). 

            Esses dois fundamentos (dois chifres) surgiram da expansão do conhecimento humano como resultado de muito trabalho e pesquisas científicas em prol da sociedade, mas que, hoje, esses dois fundamentos, praticamente ganharam vida própria e não são mais eles que precisam de nós para a sua existência, somos nós que precisamos e dependemos da tecnologia e do mundo virtual para a nossa própria sobrevivência, como profissionais e como pessoas da sociedade moderna, porque essas duas forças não param mais de evoluir, e com inteligências artificiais, robôs virtuais, nos monitoram, investigam a nossa vida e a nossa intimidade, conhecem o nosso perfil individual e não mais sugerem algo que possamos querer ou comprar, mas nos induzem a tomar decisões. E praticamente todas as pessoas, todas as empresas, todos os órgãos governamentais já migraram para a rede, e só se relacionam conosco por meio de aplicativos, cadastros virtuais e atendimentos automatizados. 

        “Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado” v.12 

           Quando o texto começa afirmando que a segunda besta exercia toda autoridade da primeira besta, e tudo fazia em nome dela, é porque esta segunda besta (internet) remodelou o sistema econômico mundial, transportando todos os elementos do mundo real limitado para um mundo virtual ilimitado, onde uma loja do mundo físico que precisa de milhares de reais somente para se manter aberta com um custo prateleira altíssimo, com diversos produtos em exposição, apenas para os clientes olharem os produtos, agora, tudo foi digitalizado e virtualizado. Na internet, uma loja virtual pode ter milhares de produtos em exposição sem custo prateleira algum, porque tudo não passa de imagens, esta loja não precisa de vendedores humanos, e vende 24h por dia, de domingo a domingo, para clientes em qualquer parte do mundo. 

            Essa nova forma de economia implantada pela segunda besta (internet), trouxe muitas alegrias aos povos de todas as nações, porque agora, nessa nova forma de economia, muitas regras do mundo real foram quebradas, todo dia nasce um novo youtuber milionário, não importa a idade, de criança a idoso, não importa o nível de escolaridade ou títulos acadêmicos. Pessoas que ficam ricas gravando vídeo dentro de casa, sejam de cursos, vídeos eróticos, palestras, apresentação de jornal, pessoas que não têm títulos de jornalistas e escrevem sobre tudo, milhares de infoprodutos escaláveis que são lançados todos os dias para venda, por tempo indeterminado, criando novos milionários e novas formas de ganhar dinheiro e de se enriquecer. 

            Todos adoram essa nova forma de economia que, na verdade, é a mesma economia antiga que é a base da primeira besta, aquela que foi ferida de morte em uma das suas cabeças no passado, porém, agora, foi remodelada pela segunda besta (internet) “cem” vezes melhor, mais facilitada e mais acessível. Não tem como alguém odiar algo que pode lhe tornar milionário e famoso da noite para o dia, onde não preciso mais ficar em uma fila para receber dinheiro ou pagar conta em um banco, ou em uma casa lotérica, na verdade, não precisamos nem ter dinheiro no bolso para pagar uma conta, basta um celular (tecnologia) na mão com os aplicativos (mundo virtual) certos e habilitados a internet, é claro!

         “E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens” v.13 

        O Mundo virtual não tem limites, onde tudo pode acontecer. Fazer grandes sinais no mundo virtual, com softwares, câmeras, equipamento de transmissão e inteligências artificiais (IA) é como tirar doce de uma criança, em segundos se pode transmitir uma guerra ao vivo de qualquer parte do mundo, ou fazer um pronunciamento oficial mundial a todas as nações instantaneamente, assim como simular até a descida de Jesus Cristo a terra com transmissão ao vivo, como se tudo fosse verdade, mas não passa de um programa de computador com IA. Na internet, tudo pode ser simulado, criado, reinventado e até enganado, para isso existe a realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), realidade híbrida (RH), agora o metaverso, o código de validação NFT, Blockchain, entre outras tecnologias que fazem milagres a olhos nus. 

        Esse novo mundo paralelo (nova realidade virtual) é tão sofisticado que já possui uma única religião: a religião dos dados; os profetas deste novo tempo: os influenciadores; as ovelhinhas: os seguidores; os templos: as redes sociais que congregam milhares de pessoas; uma única moeda: as criptomoedas; uma única língua: a linguagem de programação; um único deus: os usuários, que são usados como moedas de troca para o enriquecimento de muitos; quanto mais usuários, mais dinheiro. 

            E assim como no mundo real, também existem os vírus, os estelionatários, os sequestradores de dados, os gananciosos, os ladrões de bancos virtuais, os criminosos, entre outros, tudo em uma velocidade tão grande, que o mundo real não consegue processar, e com isso, muitos crimes virtuais são impossíveis de serem solucionados. Os prazeres desse novo mundo também são diversos: muitos aplicativos, jogos, entretenimentos, redes sociais, plataforma de vídeos, de áudios, IPTV, IPrádio, e por aí vai. Enquanto isso, no mundo real, as clínicas psicológicas se multiplicam para atender os dependentes de redes virtuais e de tecnologias. 

            “Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e, contudo, revivera” v.14 

            Toda essa euforia pelas maravilhas que o grande sucesso da internet trouxe a todos os habitantes da terra, com muito entretenimento, redes sociais, liberdade de expressão, enriquecimento rápido, diversos tipos de investimentos financeiros, aparecimento de muitas celebridades, muitas facilidades, muitas oportunidades, grandes realizações, tudo em nome do sucesso financeiro. E isso, não é nada mais, nada menos, que o sistema econômico em ação (primeira besta), fazendo com que a verdadeira intenção de todo esse avanço econômico seja camuflado, onde todos estão sendo enganados, mas sorrindo, pelos benefícios que ela traz. 

        Mas, na verdade, estamos todos entrando em uma “arapuca”, uma ratoeira com um queijo delicioso em troca de uma vida. Chegará o tempo em que ninguém mais conseguirá sair do sistema virtual (internet - segunda besta), a dependência será total, assim como ninguém mais terá privacidade, controle sobre sua vida financeira, sobre a sua vida social e familiar, tudo será ditado pelas regras do sistema, porque nesse tempo, ele já conhecerá cada um de nós melhor do que nós mesmos. A cultura de um povo ou de uma época não existirá mais porque todos teremos uma única cultura, a da internet, com sua própria linguagem, gírias e conceitos. Nada ficará oculto, nada ficará sem controle, tudo será transparente para o sistema, e obscuro para nós. Não saberemos mais o que é nossa vontade e o que fomos induzidos a fazer, assim como não saberemos mais o que é real e o que é virtual, perderemos o que temos de mais precioso, o livre arbítrio. Eis que nesse tempo já estaremos dependentes de um controle total. 

        Não é difícil entender, agora, que a imagem criada em homenagem à primeira besta é todo o sistema econômico do mundo real, que foi espelhado no mundo virtual, ou seja, foi feito uma imagem das instituições governamentais, das lojas, das academias, do mundo financeiro, das igrejas, das instituições de ensino, de todo tipo de negócio ligado ao sistema econômico (pilar principal da primeira besta). Atualmente, praticamente não existe mais nada do mundo real que não tenha presença digital, até as igrejas possuem sites, blogs, redes sociais, fanpage, vendem cursos teológicos nas plataformas, fazem lives, têm canal do YouTube, transmitem cultos ao vivo e agora possuem até igrejas no metaverso. Tudo isso mostra que realmente a ferida mortal de outrora já são águas passadas. 

            “Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem” v.15 

            Na internet, todos os sistemas que fazem parte do mundo virtual são reais, é um sistema vivo. O fôlego de vida que a internet trouxe à economia real de todos os países é impressionante, movimenta os mercados, valoriza marcas, expande negócios, multiplica as vendas, aumenta o grau de conhecimento, coloca em evidência coisas que antes nem sabíamos como funcionavam. Na imagem da besta (mundo virtual), tudo funciona como no mundo real: voz, imagem, sons, ganhos, perdas, consequências reais, e como já foi dito, até os ladrões, enganadores, aliciadores, empresas de fachadas, lavagem de dinheiro, também são reais, têm vida

        Você não percebe, mas a internet fala a todos, e está dando uma ordem, e em breve será um ultimato, de que quem não aderir (entrar em seu sistema), conhecer as ferramentas virtuais, dominar as novas tecnologias, se recusar a gostar (adorar) desse novo mundo, está “morto”! Não tem como evoluir tecnologicamente, aprender, se atualizar, trabalhar, pagar contas, sacar dinheiro, resolver qualquer problema nos órgãos, comprar ou vender, porque como já foi dito, em breve tudo estará em rede. 

        “Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certo sinal (marca) na mão direita ou na testa,” v.16 

          Quem imaginaria, que um dia todos: grandes e pequenos, ricos e pobres, livres e escravos, seriam obrigados a ter que usar a internet, a tecnologia, os aplicativos, as plataformas, os vídeos, os podcasts, as reuniões virtuais, as lives. Muita gente nem sabia o que era isso, muito menos como usar, nem se preocupavam, pensavam que tudo isso era apenas uma coisa passageira, mais um modismo da juventude. No entanto, em consequência da pandemia da Covid19, que também faz parte de todo esse contexto mundial, aquilo que levaria anos para todas as pessoas no mundo se adaptarem, ou seja, aprenderem a usar os novos sistemas e tecnologias, todos foram obrigados a conhecer, a aprender, a usar, e ter que gostar, sob pena de não conseguirem trabalhar, estudar, pregar, vender, comprar, ensinar. 

            Então foi posto (não gravado, não escrito) um sinal em suas, um smartphone, um tablet, um notebook, um equipamento de comunicação qualquer, com capacidade de se comunicar pela internet, sem o qual seria impossível continuar produzindo, girando a economia, e fazendo o seu trabalho. Todas essas ferramentas são manipuladas com as mãos, é por meio delas que você escreve e envia mensagens no WhatsApp, nos seus grupos, em suas redes sociais, cria um post e publica. Até mesmo este artigo que estou escrevendo, também estou usando as mãos e todas essas ferramentas, e será divulgado por essas mesmas mídias, usando o mesmo sistema de internet, porque não tem mais como isso chegar até você se não for por esse caminho, todas as nossas estruturas físicas de envio de comunicação a distância, como correios, navios, barcos, aviões e pombos-correios, foram sendo desativados gradativamente, e perderam quase que totalmente sua eficiência para essa nova ordem econômica. 

            Pouca gente percebe quando lê este versículo, que o sinal da besta, não são dois sinais, um na mão e outro na testa, mas apenas um, que será na mão ou na testa. Mesmo que quando nos referimos a questão da testa tenha muito a ver com conhecimento, aprendizado, inteligência, decisões, pensamentos, reflexões, realmente isso tudo pode ser aprendido através da internet ou usado para acessar a internet. Mas na minha análise, não é bem isso que o texto quer falar. Esse ou, significa que será em um lugar ou em outro, mas nunca nos dois lugares ao mesmo tempo, ou será na mão ou na testa. Portanto, isso tem a ver com pessoas que não possuem as mãos para escrever, manipular equipamentos, como, por exemplo, um celular. Para esses casos, hoje em dia, já existem equipamentos ligados à testa, à cabeça ou ao cérebro, onde a pessoa pode se comunicar por impulsos elétricos, e, se conhecer as ferramentas e as plataformas, pode escrever na internet, fazer textos ou até mesmo se comunicar somente por comando de voz para usar o mundo virtual. 

            “Para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse o sinal (marca), que é o nome da besta ou o número do seu nome” v.17 

            Conforme já comentado, todo sistema econômico está na internet, mas tanto para se comprar algo, como para vender, a pessoa tem que ter acesso à tecnologia (equipamentos - sinal na mão) ou na testa (conhecimento). Internet é uma sigla, que significa Rede (net) Internacional (inter), é apenas um nome, mas, por trás dela, tem toda uma tecnologia de comunicação, com protocolos, rotinas e programação. Quando o versículo fala o número do seu nome, é porque, na verdade, na internet não trafega texto, tudo são dados e os dados são compostos por números binários que são lidos pelo sistema, que, para ser lido por humanos, ele é convertido para números decimais. Portanto, quando se escreve qualquer nome ou texto, não importa o tamanho do texto, tudo será convertido em números para trafegar na rede. 

               Quando se pesquisa um site na internet, por exemplo: www.google.com, esse nome escrito em letras, irá passar por um servidor, chamado DNS (Sistema de Nome de Domínio) que converterá esse nome em um endereço IP (Protocolo de Internet), no caso do endereço acima utilizado no exemplo, esse nome será convertido para o número IP: 172.217.164.100. Ou seja, todos os nossos dados pessoais digitados em um cadastro na internet, em um site, em um aplicativo, em algum órgão do governo virtual, são convertidos em números, por um DNS, e sem o número do seu nome, você não se inscreve, não estuda, não paga, não recebe, não vende e não compra pela internet. 

            “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis” v. 18 

            Enfim chegamos ao final, e sei que você já está curioso para a minha explicação sobre esse último versículo, o que não será tão simples, por isso que o texto do versículo informa “Aqui há sabedoria”, e que é necessário entendimento para se saber calcular o número da besta, que não está tão óbvio. Não é apenas uma conversão de números como ocorre na interpretação do nome da besta, que é número do seu nome (v.17), aqui se trata do número da besta, que é número de homem. 

            Aqui vale uma explicação do porquê a internet também é uma besta, é porque assim como a primeira besta, a internet também não é uma unanimidade, e não possui um único dono, ela é uma “coisa” com vida própria, com objetivos definidos, com inteligência, inclusive para nos manipular, sempre em evolução, ao mesmo tempo que é administrada por diversas pessoas, com ideologias diferentes, com finalidades diferentes e países diferentes, como uma colcha de retalhos. Ela não tem uma imagem específica de algo conhecido por seres humanos, ela é uma besta. É por isso que quando a bíblia recorre a uma imagem que representa a besta, ela descreve um ser estranho que não existe no cenário natural para o ser humano, ela fala de um animal que parece um leopardo, mas que tem pés de urso, boca de leão e asas como de águia, é uma mistura de vários elementos que forma uma “coisa”, menos um animal perfeito. 

            Dito isto, vamos à explicação, segundo a minha análise, no contexto econômico e tecnológico. Na internet (segunda besta), o que vale é a quantidade de número de homens (pessoas), quanto mais, melhor. São os usuários inscritos nos canais, nos sites, nos blogs, são os seguidores nas redes sociais, nas plataformas. Quanto mais homens conquistados, significa mais seguidores, mais likes, mais reações nas postagens, mais comentários, mais compartilhamentos, e, consequentemente, mais visibilidade, mais negócios, mais dinheiro, mais autoridade, mais poder, mais domínio, mais influência. Vamos entender, logo mais, que em todos os três níveis da atuação da besta, as demandas são sempre as mesmas, só muda o cenário. No entanto, para entendermos o número 666, é muito importante saber que a leitura desses números, não é seiscentos e sessenta e seis, mas um único número que se repete por 3 vezes (6-6-6), onde o número 6 representa a perfeição humana, ou seja, é o topo em que o homem pode chegar pelo seu esforço próprio com inteligência e conhecimento, seja qual for o nível de sua atuação. 

        O primeiro 6 - Em um mundo dominado pela primeira Besta (mundo econômico real), o primeiro 6 significa levar o homem ao topo da cadeia das classes sociais, em que a maior riqueza é representada pela grande visibilidade, que é estar nas colunas sociais, nas revistas, nos jornais por possuir grandes empreendimentos, receber muitos prêmios, onde se fazer presente nesses meios sociais da elite trará maiores negócios, ganhará maior quantidade de dinheiro, e, com isso, terá mais autoridade, mais poder, mais domínio, e também mais influência em todas as esferas da sociedade. 

            O segundo 6 - No mundo da segunda Besta (internet), na infraestrutura tecnológica que sustenta toda a rede, estar no topo da cadeia é possuir as melhores tecnologias, os melhores equipamentos, dominar as informações em todos os níveis, conhecer as melhores ferramentas, aprender como operam os sistemas, os aplicativos, as redes sociais, os bancos de dados, as linguagens de programação, e, com isso, terá a maior riqueza, que é ter visibilidade na mídia, onde esta visibilidade trará maiores negócios, mais usuários, com isso ganhará mais dinheiro, terá mais autoridade no ramo que atua, mais poder, mais domínio, e terá mais influência sobre as pessoas e os negócios. 

         O terceiro 6 - no mundo da imagem da Besta (mundo virtual), que é o mundo digital online propriamente dito, composto pelas plataformas virtuais, pelos aplicativos, metaverso, entre outros, que espelham as nossas estruturas reais, como bancos, universidades, igrejas, lojas, negócios, instituições, plataformas de entretenimento, e muito mais, onde tudo está caminhando para uma nova realidade paralela. Neste mundo virtual, estar no topo da cadeia é se tornar um usuário experiente, um profissional digital nômade, um empreendedor digital, que domina a linguagem da internet, as ferramentas digitais, as redes sociais, os aplicativos, até se tornar um influencer, um Youtuber, com milhares de seguidores em todo o mundo. Com isso terá a maior riqueza, que é a visibilidade na mídia, por estar dentro do sistema entendendo como tudo funciona, e essa visibilidade trará mais negócios digitais, com isso irá monetizar mais (dinheiro), terá mais autoridade no seu nicho de negócio, mais poder, mais domínio, e terá mais influência sobre seus seguidores e outros negócios. 

            Como se pode ver, é por isso que o número 6 se repete por três vezes, porque não importa o nível de domínio da besta (primeira besta (6), segunda besta (6) ou sua imagem (6)), o objetivo é sempre o mesmo, chegar ao topo para ter visibilidade, maiores negócios, maior quantidade de dinheiro, mais autoridade, mais poder, mais domínio, e mais influência sobre as pessoas e os negócios. 

            Espero ter contribuído para sua reflexão, fazendo esta análise do ponto de vista econômico e tecnológico, tendo em vista que essa referência bíblica que trata sobre a besta, assim como o próprio nome sugere, não considera apenas um contexto da vida humana na terra, por isso “a besta” não se trata somente de uma pessoa, não é somente um sistema religioso, não é somente um sistema global de controle, não é somente um sistema político mundial, mas a junção de todas essas facetas da nossa realidade, que no final das contas se juntam para dar vida a esse imenso dragão que paira sobre a areia do mar (Ap. 12.18), que dá o seu poder a essas bestas. Agora é com você! Tire as suas próprias conclusões! Faça seus comentários! Sua opinião é muito importante para a reflexão deste tema nos dias em que vivemos.

                                                                                                                      Por: BARROS, Joel S.¹ 

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1 Joel S. Barros – Engenheiro de Computação, Especialista em Marketing Digital e Redes Sociais, Especialista em Informática para Educação, Segunda graduação em Matemática, Acadêmico em Ciências de Dados para Formação em Inteligência Artificial (IA) para área de Medicina, formação em nível técnico em: Técnico em Eletrônica, Técnico em Informática e Telecomunicações, com atuação na área tecnológica desde 1989. Escritor, ISBN: 978-65-00-140804, detentor de dois pedidos de patente no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual).