terça-feira, 18 de julho de 2023

ELES AINDA ESTÃO ENTRE NÓS!

 ELES AINDA ESTÃO ENTRE NÓS

BARROS, Joel S1


INTRODUÇÃO

Estamos vivendo em um mundo novo. Muita tecnologia, inteligências artificiais, internet de alta velocidade, jogos ultra realista, equipamentos sofisticados, celulares de última geração,  aplicativos para tudo, internet com cobertura mundial, redes sociais inteligentes que nos ouvem, nos veem, conhecem a nossa personalidade melhor do que nós mesmos. Tem ainda a computação quântica, moeda digital, moeda virtual, criptomoedas. Um mundo de novas aplicações e novos conceitos, que ditam padrões e novas regras. Mas uma coisa ainda é a mesma! A influência maligna na vida do homem. E para isso, ele é capaz de usar toda essa evolução para enganar, ludibriar, e iludir o povo de Deus. Ele continua usando as mesmas táticas desde os tempos de Jesus na terra, e ainda assim dá certo. E não importa se esse homem é cristão ou não, todos estão sujeitos às mesmas influências, mas o confronto da fé e a apostasia, isso atinge somente aos cristãos.

Como imitadores de Cristo que somos, ainda hoje, temos que nos confrontar com os Fariseus, Saduceus, publicanos, Herodianos, entre outros, mas seus instrumentos de ataque e persuasão agora são outros. Eles não precisam mais se infiltrar nas igrejas, viajar para longe para persuadir uma comunidade, ficar nas praças debatendo, tudo é por meio de canais, perfis, blogs, sites, redes sociais (Instagram, tik tok, twitter, Kway, facebook). O mundo mudou! Agora são as próprias pessoas que decidem ser seguidores desses grupos religiosos atuais. Aceitam seus convites, assistem suas lives, ajudam na sua monetização para que aumente cada vez mais a sua autoridade e a capacidade de influenciar. Agora eles são os chamados influenciadores. Com isso, conseguem influenciar milhões de pessoas sem sair do seu estúdio. Desenvolvem suas teses e teorias, tiram suas próprias conclusões, personalizam os assuntos de acordo com aquilo que vai dar mais audiência, aquilo que vai arrebatar os corações, tudo editado ou programado antecipadamente (premeditado) nas regras do marketing digital, com palavras, frases e títulos de efeito, posts arrebatadores e músicas cativantes. E assim, entram nas casas de ricos e pobres, crianças, adultos e idosos são suas vítimas, durante 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias no ano.

Hoje, os Fariseus são pessoas em sua grande maioria da classe média, até com boa instrução educacional e conhecimento da palavra de Deus. São religiosos, muitos fazem parte de denominações tradicionais, atentos até aos mínimos detalhes da palavra, e se possível, seguem literalmente os preceitos bíblicos. Oram, jejuam, e muitos vão até para os montes, mas exatamente por essas qualidades, se sentem mais santos do que todo mundo. Dizem ser os únicos escolhidos, os únicos vencedores ou vitoriosos, detentores do verdadeiro conhecimento da verdade, por isso se acham no direito de querer sentar nos melhores lugares, terem as maiores igrejas, as mais ricas. Terem as melhores amizades políticas e os maiores benefícios. Onde sua religiosidade se baseia no exterior, nos seus rituais bíblicos, no legalismo, procurando sempre ter as maiores audiências em suas redes sociais, seus canais, em suas lives, difundindo a sua religiosidade, não o verdadeiro evangelho, tudo a troco de seguidores e dinheiro. Conhecidos atualmente como os pregadores das mídias, animadores de auditórios.

 Os saduceus, são os grandes líderes religiosos de hoje, que não são muitos, mas que se consideram os aristocratas dominantes do cristianismo. Que por possuírem grandes ministérios, igrejas suntuosas, tem muitos seguidores em suas redes sociais e milhares de membros em suas igrejas, tem o poder da mídia: canais de televisão, gravadores, satélites, também se consideram o escalão superior da religião no país. Esse grupo religioso, por possuírem grandes interesses políticos para os seus negócios, resolveram se associar à política e criaram seus próprios partidos ou fazem parte da chamada bancada evangélica no congresso. Amparado pelos seus milhares de seguidores, membros e simpatizantes, conhecedores das leis, da política e com um discurso em sua maioria em cima de pautas religiosas, dizendo ser conservadores dos usos e costumes cristãos, são sempre eleitos, ditam regras e costumam direcionar o povo para aquilo que é de seu maior interesse. Tudo em nome do evangelho e  sempre com um pano de fundo religioso. Ao contrário dos fariseus que se sentiam muito espirituais, esses saduceus atuais acreditam mais no poder das leis e na força de suas influências, tornando-se mais materialista e secularizado, como se a vida se resumisse no aqui e agora.

Os publicanos e cobradores de impostos, nos dias de hoje, não cobram mais impostos para o império, mas para si mesmos. Usam as mídias e sua popularidade nas redes sociais para extrair ao máximo o dinheiro do povo, sejam com grandes projetos de construção para aumentar os seus patrimônios locais ou com vendas de apetrechos “santos” para fins diversos, que  vão desde sal a caroço de feijão. Outros vendem suas presenças vip em eventos, vendem suas mensagens poderosas, vendem revelações, profecias, e cobram até para fazer previsões políticas. Por isso, na época de Jesus, eram considerados ladrões, e comparados aos pecadores da pior espécie, porque cobravam o imposto de seus próprios irmãos para dar a Roma, imagina se cobrassem para si mesmo como nos dias de hoje.

Os herodianos também estão entre nós ainda hoje. Na época de Jesus eles eram os defensores da dominação romana na palestina, e estavam totalmente a serviço de Herodes, sendo os mais ferrenhos perseguidores dos chamados movimentos subversivos, que era como viam Jesus. Da mesma forma de antigamente, ainda hoje, esse grupo religioso é mais movido pelos interesses políticos do que pela convicção de fé. E dentro da casta religiosa que faz parte da chamada bancada evangélica no congresso, tem aqueles que além de estarem politizando a fé, ainda aderem a uma ideologia política de forma extrema, seja, de esquerda, de centro ou de direita, disposta a pegar em armas para invadir, matar e destruir o seu suposto inimigo, vendo o seu adversário político, não como um opositor, mas como um verdadeiro inimigo. Tudo, teoricamente, em nome de Deus, da moral e dos bons costumes.

Ainda há muitos grupos religiosos em nosso meio, mas esse artigo ficaria muito grande. Gostaria de falar de só mais um, os Essênios. Esse grupo era o que não concordava com nenhuma das alternativas anteriores e procurou se isolar da sociedade, vivendo em comunidades pequenas, na tentativa de cultivar a esperança messiânica, tentando fugir do mundo louco da época. Em teoria, João Batista era desse grupo e serviu de guia para a chegada do Messias. Não que os Essênios tenham sido o grupo religioso certo da época, mas foi o que tentou se isolar em busca de uma melhor comunhão com Deus e dedicação à palavra. Que  nós também possamos fugir de toda essa loucura religiosa dos dias atuais, de internet, de seguidores, de likes, de comentários, de política, de mundo virtual, de inteligência artificial, e possamos nos dedicar ao estudo da palavra, com um único intuito: aprender mais de Deus e ser um verdadeiro cristão, sempre pronto a ser um instrumento em suas mãos, porque nós fomos chamados para sermos apenas a luva do médico, que é usada como um simples instrumento na hora de uma cirurgia, mas quem opera mesmo é a mão do médico que está dentro da luva, sem Deus, nada podemos fazer.


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