terça-feira, 21 de novembro de 2023

MUNDO, REINO e IGREJA

 BARROS, Joel S1

REINO

O Reino de Deus é a finalidade última de toda criação, onde esse reino é revelado em Jesus Cristo e através de Cristo, em que é inaugurado por ele com a sua morte e ressurreição, mas que será consumado com a sua volta. Já temos os sinais do Reino de Deus na terra, mas não em sua plenitude, cuja expressão está descrita em Mt 6.9-19:.. “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha a nós o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”... O reino de Deus na terra é o ambiente onde a vontade de Deus é feita. Onde quer que a vontade de Deus é feita, aí o reino de Deus está sinalizado: Crianças maltratadas e passando fome, não tem reino de Deus nisso; violência doméstica, não tem reino de Deus aí; milhares de pessoas no mundo desempregadas passando fome, isso não representa o reino de Deus; meio ambiente sendo destruído, também não está sendo sinalizado o reino de Deus aí.

Ao contrário disso, onde quer que a vontade de Deus esteja sendo observada, levada em consideração para melhores ações e atitudes, o reino de Deus está manifestado. Por isso a melhor definição seria o reinado de Deus, e não o reino de Deus, porque em qualquer situação em que a vontade de Deus está sendo realizada ou observada, Deus estará reinando.

        MUNDO

Já o mundo, na definição bíblica representa 3 situações: 

1-Mundo como um lugar geográfico, planeta terra, estrutura física: Do senhor é a terra e a sua                   plenitude… O mundo e aqueles que nele habitam.

2-Mundo como sistema, estrutura social, econômica e política: é a maneira como as sociedades                 estão organizadas. Quando a bíblia diz “não ameis o mundo”, é desse sistema anti reino de Deus             que ela está falando. Dessas estruturas organizacionais onde a vontade de Deus não é feita ou não             é a finalidade.

3-Mundo como humanidade, pessoa, seres humanos: Quando a bíblia fala “Deus amou o                         mundo”, não está falando de amar o sistema anti reino, ou o mundo como estrutura física, mas                 de pessoas.

Quando Paulo fala de “não vos conformeis com este mundo”, não tomem a forma deste mundo, não se deixem moldar por este mundo, ele está falando do mundo sistema.


            IGREJA

A Igreja é a parte do mundo humanidade, de pessoas que acolheram a convocação de Jesus para implantar o reino de Deus na terra, e que se coloca no mundo lugar em oposição a todo o mundo sistema anti reino de Deus. Acontece que essa igreja, ao longo dos tempos foi perdendo a sua identidade e passou a pregar um evangelho desfocado da sua verdadeira missão na terra. Ou seja, ela sempre pregou que as pessoas precisavam somente aceitar a Jesus para ir para o céu, e não ir para o inferno quando morresse. Mas ela não tinha uma resposta satisfatória para o que deveríamos fazer nesse intervalo da nossa vida entre o nascer e o morrer, como nos posicionarmos no mundo,  porque para ela  tudo que existe no mundo é do diabo, como:  arte, teatro, faculdade, lazer, formação profissional, construir patrimônio, entre outras milhares de coisas, onde o eu   de Deus é somente a igreja.

Do ponto de vista desse modelo de igreja, o trabalho sempre foi um mal necessário, portanto, suas orientações ficaram limitadas ao cristão ter que trabalhar no mundo do diabo em busca do seu sustento e mantimento do templo, e o resto do tempo deveria se ocupar das coisas de Deus, que para essas lideranças, são as coisas da igreja, da religião. No máximo, o que um cristão deveria fazer no mundo além de trabalhar, era convencer as pessoas a abandonarem o mundo e virem para a igreja fazer as coisas de Deus. No entanto, o projeto de Jesus e sua finalidade de vir a este mundo, não foi implantar uma igreja, mas inaugurar o reino de Deus na terra. Ele não veio anunciar a igreja, mas anunciar o reino de Deus: arrependam-se e creiam, que o reino de Deus chegou (Mt 3.2, 4.17), é chegado o reino dos céus (Mt 10.7), o reino de Deus chegou até vós (Lc 10.9), o reino de Deus está no meio de vós (Lc 17.21).

É por isso que Jesus pede que as pessoas lhe sigam, e que venham se colocar sob o reinado de Deus, para promover libertação dos cativos, em todos os sentidos (física, emocional, psíquica, espiritual, social, política, econômica, mental), desde libertar os oprimidos a dar vista aos cegos, fazendo-os enxergar o verdadeiro caminho do evangelho (Lc 4.18). Porque existe o mundo sistema anti reino que age em função do maligno (o mundo jaz o maligno 1Jo 5.19), que está montado para manter o ser humano cativo aquém da plenitude da sua humanidade. E Jesus veio para destruir este sistema no fim de todas as coisas, mas que por enquanto, nos convida a se juntar a ele nessa ação de resgatar as pessoas que queiram sair deste mundo opressor que será destruído em breve (uma espécie de faixa de gaza). 

Não devemos esquecer que quando Deus nos criou, ele não disse: crescei, multiplicai, povoem a terra e construam templos e igrejas por onde quer que vocês forem. Ele disse: sede fecundos, crescei, multiplicai, dominai sobre tudo e “cuidai da terra”. Resumindo, Ele nos criou e nos responsabilizou pela sua criação. O que nós chamamos de igreja, com templo, com liturgia, com clero, com doutrina, com dia de encontros para celebrar e adorar a Deus, já é uma distorção do que Jesus pensava ser a igreja. Porque para ele, a igreja é composta por todas as pessoas que se comprometem com o reino de Deus e que por questão organizacional humana se agrupam em comunidades.

Sendo que as pessoas que se comprometem com o reino de Deus, automaticamente, se descompatibilizam com tudo que é anti reino de Deus no mundo, ou no mínimo criam estranhamento com o que não condiz com o reino de Deus. Dentro desse contexto, quando Jesus pensou em igreja, ele não pensou somente em uma evasão de pessoas do mundo para o seu reino, mas de uma situação de confronto e conflito, é por isso que ele fala em Mt 10.34-39 “não penseis que vim trazer paz à terra, mas a espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra” e assim por diante. Um conflito entre a luz e as trevas, entre reino e anti reino, ele não imaginava um povo como igreja confinado em um lugar, mas livre no mundo, daí a sua oração “eu não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal…Mt 17.15-23”.

É por isso que não é correto a máxima da igreja, que diz: Deus, igreja e povo, mas sim, Deus, povo e igreja, porque só faz sentido ter uma igreja, se ela se legitimar estando a serviço de um povo, que está a serviço do reino de Deus. Fazendo uma análise mais profunda sobre os países em que as igrejas cristãs estão desaparecendo, não quer dizer que eles estão rechaçando o cristianismo, porque esse, homem nenhum conseguirá destruir, mas estão rechaçando a religião cristã institucional. Porque tendo em vista tantas mazelas em nome de Deus geradas pelas instituições religiosas mundo afora, faz com que um dos maiores inimigos do reino de Deus no mundo de hoje seja o cristianismo institucionalizado. 

É como se precisássemos “libertar Jesus” do aprisionamento  que o cristianismo institucionalizado impôs sobre ele, confinando-o a um templo, a uma categoria de pessoas, a uma estrutura hierárquica, a uma lógica moral, a um tipo de ritual, e que enquanto isso, a floresta está sendo desmatada, o meio ambiente está sendo destruído, crianças no mundo inteiro passando fome, a violência social só aumentando, as guerras se multiplicando, e os religiosos cristãos fazendo templos e igrejas, convidando as pessoas para se tornarem cristãs.

 É por isso que muitas pessoas não querem ser cristãs, porque pensam que ser cristão é ocupar o seu tempo de um domingo de sol pela manhã dentro de uma igreja. E a culpa por esse pensamento é da própria igreja, que em dois mil anos de cristianismo deixou que as pessoas entendessem que ser cristão é frequentar um templo, deixando o mundo entregue ao anti reino de Deus e suas concupiscências. Enquanto que ser um verdadeiro cristão e seguir a Jesus é se colocar em seus passos de compromissos com o reinado de Deus, ou seja, nos comprometermos a viver na mundo, promovendo a vontade de Deus, para que ela seja feita, assim na terra como no céu.


Referência:

Kivitz, E.R. Teólogo, Escritor e Pastor da IBAB - Igreja Batista de Água Branca. 2023.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

UM GATINHO QUE RUGE COMO LEÃO

INTRODUÇÃO

São muitas as maneiras da manifestação e manipulação do diabo para influenciar e seduzir o ser humano para que o mesmo venha fazer exatamente o que ele deseja. Tudo de uma forma muito sutil e despretensiosa, levando a pessoa a gostar de fazer o que ele propõe. Para isso, ele se passa por anjos, por deuses, em aparições folclóricas, em forma de prazer, em forma de ganância, por meio de “profetas”, através de línguas estranhas, e por aí vai...Mas tem uma maneira que eu acho que praticamente ninguém ouviu falar, que é uma manifestação através de um gatinho. E é exatamente essa história que vou contar para vocês agora. Mas leia até o final, porque esse gatinho já mudou de forma várias vezes e está ficando cada vez mais diferente e forte.

DESENVOLVIMENTO

Essa é uma história que o meu pai me contou muitos anos atrás: que existia um caçador que vivia no interior: ele, a sua esposa e um gatinho que ele encontrou na mata em uma de suas caçadas e o trouxe para a sua casa. E como não tinham filho, esse gatinho se tornou a alegria da casa. Dormia junto com eles, brincava, comia na mesa, tinha toda a liberdade, conforto e o amor de ambos. Era  como se fosse um filho para eles. Mas um dia, esse caçador foi passar a  noite em uma espera no meio do mato, como de costume, a fim de matar alguma caça e levar para sua casa para a alimentação da semana. Foi quando no silêncio da noite, ele começou a ouvir vozes, como se fosse várias pessoas conversando. E ele observou, que na verdade era uma prestação de contas.

E essa reunião tinha um líder que chamava um por um, e perguntava o que cada um tinha feito naquele mês, naquela semana, naquele dia, e todos davam o seu relatório. Um falava que tinha desgovernado um avião e que havia morrido 200 pessoas; outro dizia que descarrilou um trem e que deu muito prejuízo para várias pessoas e ainda houve mortes; outro falava de ter causados vários acidentes nas estradas em diversos países; outro dizia que com uma tempestade teria inundado vilas e aldeias com grandes perdas de bens materiais e vidas humanas. E cada um contava o que tinha feito para trazer desgraças e mortes às pessoas, seja por água, terra ou mar . 

Foi quando ele observou, que foi chamado um daqueles participantes, e que lhe foi perguntado o que ele tinha feito, e ele então respondeu: eu ainda não fiz nada, mas eu já coloquei um gatinho no caminho de um casal muito feliz, e esse gatinho será a destruição deles e de toda a sua descendência que não haverá mais. Isso lhe caiu como uma bomba nos ouvidos! A partir desse momento, ele nem se preocupou mais em caçar. Logo cedo pela manhã correu para a sua casa, mandou a sua esposa colocar uma lata com água para ferver. Ela, sem saber do que se tratava, perguntava pela caça, e ele só dizia “coloca a água para ferver que no momento certo eu vou usar”. Foi então que quando a água estava fervendo, ele pegou o amado gatinho, amarrou e colocou dentro da água e o matou.

A sua esposa foi a loucura! Essa atitude era algo impensado para ela. Por outro lado, isso parece mesmo ter sido uma atitude drástica, mas foi a única maneira que ele encontrou de resolver essa situação de uma vez por todas, sem lhe causar maiores transtornos com a sua esposa. Pois, é lógico, que se ele tivesse dito antes, do que se tratava, ela não o teria deixado matar o gatinho, tanto é, que isso ainda quase causou a sua separação. Até que depois de muito tempo, de tanto ele ficar repetindo a história, como ouviu e porque tomou tal atitude, ela veio a entender e tudo ficou bem. Eu não sei se essa história que o meu pai me contou foi real ou apenas uma ilustração, eu só sei que essa história virou uma referência da ação maligna para mim, e que Deus tem usado para me livrar de muitos casos pelos quais eu tive de passar ou que poderia ter me complicado de alguma forma, se ele não tivesse me alertado da presença desse gatinho em várias áreas da minha vida.

Mas porque eu estou contando essa história? É porque o diabo colocou um gatinho e agora com a sua mãe também, na vida de todos nós no mundo atual. Que a princípio parece inofensivo, um queridinho nosso, que também está conosco em todos os lugares, dormimos com ele, levamos para cama, para mesa, para o trabalho, para o banheiro, e que até é muito útil para nós, mas que tem o poder de destruição de uma bomba nuclear, sem exageros. Que é o aparelho Celular e sua mãe Internet! Pois, como sabemos, um aparelho celular sozinho não faz nada, mas com a internet por trás, aí sim ele se torna essa arma de destruição em massa.

 Isso é tão real, que ele é considerado pelos estudiosos da área, a arma mais perigosa, mais letal e mais silenciosa já inventada pelo ser humano, e que está nas mãos de todos: crianças, jovens, adultos e idosos, todos estão com essa granada nas mãos neste exato momento. E torna-se mais perigosa porque ela age em tempo de paz, e não em tempo de guerra, com uma máscara de prazer, de satisfação, de tranquilidade, de relaxamento, explorando os melhores hormônios da felicidade: dopamina, endorfina, ocitocina, serotonina, entre outros. Para se ter uma ideia do poder de destruição desse gatinho inofensivo, ele começou matando o telefone fixo, depois matou a TV, matou o computador, matou o relógio, matou a câmera fotográfica, matou o rádio, matou a lanterna, matou o espelho, matou o jornal, matou as revistas, matou os livros, matou os videogames, matou a carteira, matou as casas lotéricas, matou o cartão do banco, matou o calendário de mesa e está matando o dinheiro de papel.

Mas não foi só isso, ele já matou também muitos casamentos, muitas famílias, está matando os nossos olhos, vai matar a nossa coluna cervical, a nossa saúde mental, vai matar os movimentos dos nossos dedos, está matando a nossa cognição causando déficit de atenção por excesso de informação e tem o potencial de exterminar a próxima geração. E se não vigiarmos, ele vai matar a nossa alma e nos tirar o direito da vida eterna. Esse gatinho, inofensivo, já ocupou o lugar de muitas pérolas valiosas dentro de nós: já ocupou o lugar de nossos pais, de nossos amigos, dos nosso filhos, porque passamos mais tempo com ele do que com todos os membros da nossa casa; ele está tomando até o lugar de Deus em muita gente, porque passamos mais tempo em secreto com ele do que em secreto com Deus. É ele que esconde os nossos segredos!

CONCLUSÃO

Quanto tempo uma pessoa passa em oração por dia? Quantas horas por dia uma pessoa passa com o celular, olhando e mexendo? As pessoas reclamam do tempo de reuniões importantes, no trabalho, em um culto na igreja, mas não reclamam do tempo que se passa com o celular vendo vídeos e curtindo publicações dos outros. Se reclama de ter sono ao ler a bíblia, mas não se reclama de ler tudo que chega no celular, desde msg do WhatsApp a post de propaganda nas redes sociais, e se possível, passaria a noite toda acordado. Repensemos a nossa intimidade e o nosso encontro com Deus, porque atualmente Ele continua querendo nos encontrar, e estar em secreto conosco, mas quase ninguém tem mais tempo para o encontrar, e nem falar nada em segredo com ele, porque tudo é dito, publicado e compartilhado pelo celular na internet. Quando não se estar fazendo isso, está brincando com o seu gatinho de estimação, rindo sozinho, em todos os lugares e a todo tempo como um zumbi.


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

OUTRO EVANGELHO ENTRE NÓS

 BARROS, Joel S1

            INTRODUÇÃO

Não só no início da igreja primitiva, mas ainda hoje, os chamados judaizantes, tentam dissuadir os cristãos do verdadeiro evangelho de Cristo, usando-se de uma das suas armas mais poderosas, o sincretismo religioso. Com isso, tentam enfraquecer o evangelho da Graça, que tem como base o sacrifício de Jesus Cristo e a força da fé em seus seguidores. Onde, de forma sorrateira, esses judaizantes de hoje dia, que nem são mais os judeus como no início, mas os próprios que se dizem cristãos e que estão dentro da igreja Cristã, como liderança, usam de objetos e rudimentos fracos e pobres que representam ainda a velha aliança (Gl 4.9), para tentar ludibriar, dissuadir e manipular a muitos, com base nos fundamentos na força da antiga Lei.

DESENVOLVIMENTO

Quando a Igreja adota práticas e costumes que não lhe pertencem, segundo Paulo, ela está decaindo da sua verdadeira fé. Por que a igreja cristã tem que ter dança em seus púlpitos, estola, shofar, kippah, tallith? Por que tem que ter festa dos tabernáculos, arca da aliança, chamar músicos de Levita? E agora até o “templo de Salomão” já mandaram construir. Não era isso o que acontecia entre os gálatas? Eles não estavam prestes a voltar aos rudimentos da lei, às ordenanças cerimoniais? Os judaizantes não os pressionavam para que se submetessem novamente àquilo que era sombra? Não foi esse o motivo de Paulo ter enfrentado Pedro face a face? Será que esses líderes que se consideram sacerdotes judaicos, e querem seguir os preceitos da lei, também dividem os milhões que entram em seus templos todos os meses em 5 parte: uma parte para eles, uma para os levitas, uma para os órfãos, uma para as viúvas e uma para os necessitados, como manda a lei?

Uma das respostas do porquê de todo esse interesse na liderança religiosa em querer judaizar os seus membros, é que é mais fácil obrigar a seguir uma lei, uma ordenança, do que conscientizar as pessoas a tomarem as sua próprias decisões. E os judeus são obrigados a dar o dízimo, são obrigados a estarem no templo, judeus honram os sacerdotes. E esse tipo de liderança das igrejas atuais adoram ser honradas, prestigiadas e ter todos esses outros benefícios. Sem isso, terão de pregar o evangelho puro e genuíno de Jesus Cristo, e em Cristo, não existe obrigação de lei: Cristo não recebe sacrifício, ele se sacrificou por nós; Cristo não recebe dízimos, pois ele pois fim a lei; Cristo não depende de honra de homens, porque toda a honra e toda a glória já pertence a ele.

Foi por isso que Paulo, confrontando Pedro em Gl. 2.14-15, disse: …se tu, sendo judeu, vives como gentios, e não como judeu, como é que tu queres obrigar os gentios a viverem como Judeu? e completou: nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Da mesma forma eu também afirmo: nós somos gentios por natureza, não pecadores dentre os judeus. Portanto, não precisamos desse tipo de sincretismo religioso, judaizante, para nos sentirmos mais fiéis à palavra de Deus ou a nossa vocação, que é de sermos salvos pela graça, e somente pela graça de Cristo. Porque se nós judaizarmos a igreja de Cristo, nós seremos pecadores no meio deles, porque não cumprimos todos os seus rituais religiosos e eles serão transgressores da lei em nosso meio, porque em Cristo não existe ritual cultural ou religioso, no máximo o  rito da ceia como lembrança.

Agora fica fácil entender, porque Paulo em sua carta aos gálatas, logo no primeiro capítulo, já começa dizendo que ficou sabendo que eles estavam abandonando a graça, que é o verdadeiro evangelho (a doutrina da graça). Afirma também que eles estavam dando ouvidos aos judaizantes, ou seja, a outro evangelho (Gl 1.9). Ou seja, enquanto Paulo pregava o evangelho puro da graça, eles agora estavam dando ouvido a uma mistura de evangelho, graça e religião judaica ao mesmo tempo. Afinal de contas, eles queriam que as pessoas cressem em Jesus, mas que continuassem seguindo as tradições judaicas: circuncisão, guardar o sábado, festas. Por isso que Paulo diz em Gl 4.10: quer dizer que agora vocês estão se circuncidando, guardando o sábado, dias, meses, tempos e anos?

CONCLUSÃO

Que isso sirva de reflexão para nós, uma vez que conforme Gl. 4.22 em diante, Abraão teve dois filhos, um com a escrava e o outro com a livre, um era da carne (Ismael) e o outro era o da promessa (Isaque). Portanto, são duas alianças, a primeira, representa o filho de Agar, que por ser filho de uma serva, gera filhos para a servidão da lei. Mas nós, que somos filhos da promessa, como Isaque, descendente de Sara, fazemos parte da segunda aliança, e fomos chamados segundo o Espírito Santo de Deus para a Salvação. Mas nem por isso devemos relaxar, porque conforme o versículo 29, desse mesmo capítulo, assim como foi no passado quando os filhos da carne perseguiram os filhos do Espírito, assim também é ainda hoje.


terça-feira, 18 de julho de 2023

95 TESES DA REFORMA EVANGÉLICA DO BRASIL

 



  95 TESES DA REFORMA EVANGÉLICA DO BRASIL

Não se submeta a doutrinas humanas, mas somente à sua consciência unida à palavra de Deus através do evangelho genuíno de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois a salvação não pode ser alcançada pelas boas obras ou por quaisquer méritos humanos, mas tão somente pela fé em Cristo Jesus, o único salvador, sendo gratuitamente oferecida por Deus aos homens”.

Junte-se a nós, e diga não! A esse sistema religioso evangélico megalômano, explorador e manipulador de mentes e corações, que se aproveita da pobreza do povo brasileiro para explorar sua fé, que só cresce através do poder da mídia, e não pelo mover do Espírito Santo de Deus. Agora, unidos, vamos juntos fazer parte da história, dando início à REFORMA EVANGÉLICA NO BRASIL, e mostrar ao mundo a nossa indignação, onde não aceitamos que a segunda maior população cristã do mundo, com mais de 50 milhões só de evangélicos, seja manipulada por líderes religiosos interesseiros que se apropriam do Evangelho de Jesus Cristo para aumentar suas fortunas e desdenhar da população. E assim como a revolução protestante surgiu na Alemanha no século XVI, a REFORMA EVANGÉLICA começa hoje, aqui no Brasil, por mim e por você em pleno século XXI.
Seja um divulgador consciente, leia e use todos os seus recursos de mídias sociais; cole nos muros das igrejas, nos pátios, nos postes, onde você achar mais conveniente, e ajude a divulgar as 95 teses da REVOLUÇÃO EVANGÉLICA NO BRASIL.

95 TESES

      Repúdio às organizações cristãs comerciais denominadas de igrejas evangélicas, administradas por gerentes ao invés de pastores.

       Repúdio à teologia da prosperidade que transforma igrejas em empresas, e fiéis em clientes.

   Repúdio aos Pastores e organizações que estelionatariamente se apossaram das referências bíblicas concernentes aos dízimos e ofertas do Antigo Testamento para exploração da fé.

       Digo não a todos esses evangélicos que precisam de cabrestos, que não sabem ser livres e não conseguem caminhar com princípios, pois já se acomodaram com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

       Digo não às quatro paredes das igrejas, que caracterizam um evangelho limitado, por um evangelho livre em Cristo Jesus, nas ruas, becos e valados.

       Digo não a esses líderes religiosos tão despreparados da verdadeira palavra de Deus e dependentes de líderes inescrupulosos, que não conseguem nem alimentar mais as ovelhas, deixando lhes faltar até mesmo o pão nosso de cada dia.

       Digo não ao enriquecimento de líderes, pastores, bispos e apóstolos, em detrimento do empobrecimento espiritual, cultural e financeiro do povo que sofre.

      Repúdio ao culto que se faz ao monte Sinai mostrado por meio da televisão que cria caminhos para a escravidão.

       Digo não a todos os líderes religiosos que levam o povo para debaixo do julgo da lei, quando se ressuscitam todas as maldições do velho testamento que morreram na cruz, quando Jesus se fez maldição em nosso lugar.

   10º Digo não aos líderes evangélicos que fazem da palavra do Senhor, e dos seus templos, uma porta de entrada para um mercado tão rentável, que se torna melhor do que vender droga.

    11º Repúdio a todos os cristãos que não aceitam que a lei morreu em Cristo, conforme diz a palavra, sendo que essa mesma palavra afirma que ela existe apenas para gerar culpa e morte.

    12º Repúdio a todos que sabem, mas que nada dizem; vêem, mas nada demonstram; discernem, mas em nada confrontam; conhecem, mas tratam como se nada tivesse consequências.

    13º Repúdio a todos que pregam o método de crescimento de igreja, e não a Palavra; os que convidam para a igreja, e não mais para Jesus; os que afirmam “Eu sou da igreja tal”, ao invés de dizer: “ Eu sou de Jesus”.

  14º Repúdio a todos aqueles que desconhecendo o verdadeiro evangelho consideram o “novo mover”, a mudança na moda da igreja que acontece a cada cinco anos.

    15º Repúdio a todos os pastores que reconhecem e concordam com a verdade dita pelos outros, mas que eles não têm coragem de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela verdade e pela justiça do evangelho do reino de Deus.

    16º Repúdio a essa "diabose" que nos distancia da graça, da centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Que todos voltem à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu, algo que vai completar.

    17º Digo não aos evangélicos que perderam a convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, ao invés de se sentirem membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima.

    18º Repúdio a todos os homens e mulheres, velhos e adultos que brincam com o nome de Deus, posando de pastores, pastoras, bispos, bispas, apóstolos e apóstolas, sendo que eles mesmos não se enxergam, e não percebem o espetáculo patético no qual se tornaram, e o ridículo de suas aspirações messiânicas estereotipadas e vazias do Espírito.

   19º Repúdio aos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras.

    20º Digo não a todos os que tratam Jesus como “poder maior” e não como único poder verdadeiro.

   21º Repúdio à forma como o diabo é glorificado, pela frequência com a qual se menciona o seu nome nos cultos, sendo que Paulo dele falou menos de uma dúzia de vezes em todas as suas cartas, e as alusões que Jesus fez a ele foram mínimas. Pois, pela frequência com a qual ele é mencionado, ele é crido.

   22º Repúdio à mistura mística que se introduziu nos cultos e na vida dos evangélicos, fazendo-os dependentes de objetos, símbolos e amuletos defendidos como bíblicos.

   23º Repúdio ao negócio gospel que se instalou dentro das igrejas, e que vive de shows, camisetas e adesivos, enquanto apresenta uma espiritualidade rasa e sem ética.

   24º Digo não às orações e jejuns, como fruto de obrigação ou moeda de troca, que estão muito distantes do verdadeiro namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

    25º Repúdio à prática psicológica de pastores que, manipulando sons e imagens de TV, se dizem mais perto de Deus, e, por isso, mais preparados para conseguirem aqueles favores de que o povo precisa.

   26º Digo não à visão de que o diabo está entronizado como o inimigo de Cristo e o Senhor das Culpas e Medos; por conta disso, a maioria das pessoas sabe apenas do Medo da Lei, e nada acerca da total libertação que temos da Lei e do diabo na Graça de Jesus, que o despojou na Cruz.

   27º Repúdios aos que coam o mosquito e engolem o camelo, expulsando pessoas para fora do lugar de culto por causa de comida, bebida, cigarro, roupa, sexualidade, ou catástrofes de existência. Enquanto os mesmos alimentam o povo com maldade, inveja, mentira, politicagem, facções e maldições.

    28º Digo não ao discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus, vendendo ilusões para lotar igrejas, usando versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel.

    29º Digo não a todas essas possibilidades mágicas e propagandas enganosas que usam o evangelho de Cristo para iludir os que buscam alívio e refúgio para suas almas.

   30º Repúdio aos programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições.

    31º Repúdio aos que pisam na cruz de Cristo, em nome de Jesus, posando de PhD, em retrocesso à Lei e aos sacrifícios.

    32º Digo não ao culto da fé na Fé, em vez da fé em Jesus, onde se têm descarados convites em nome de Deus para que se façam novos sacrifícios.

   33º Repúdio aos estereótipos pentecostais, pois sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais.

    34º Repúdio ao silêncio de todos os que se dizem protestantes, que até hoje criticam e ofendem os cultos dos afro-ameríndios por seus sacrifícios, e aceitam o estelionato feito em nome de Jesus, por aqueles que incentivam novos sacrifícios, tornando o sacrifício de Jesus menor e dispensável.

    35º Repúdio às infinitas campanhas e correntes de oração que usam amuletos para aumentar a fé, todas visando exclusivamente encher os templos com aqueles que buscam somente os seus próprios interesses.

   36º Digo não a todos os que se dizem cristãos, mas que não sabem a diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

   37º Repúdio à leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade, onde a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa.

    38º Repúdio a todos que consideram que o sacrifico de Jesus não foi o suficiente, e ainda afirmam que Deus só atende se fizer voto de frequência ao templo, e dê dinheiro aos sacerdotes do engano e da ganância.

    39º Digo não aos evangélicos que não querem enxergar os séculos de preconceitos que dividem a sociedade, nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos.

    40º Digo não aos cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo, enquanto as ruas estão cheias de injustiçados, desamparados, com fome e sede de alimentos e da justiça de Deus.

    41º Repúdio aos livros evangélicos traduzidos para o português e que servem de inspiração para os escritores brasileiros, e que nada têm a ver com a realidade do nosso país. Estes, normalmente são livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa.

    42º Repúdio aos que se dizem cristãos, mas que não querem aceitar a verdade e desfrutar da verdadeira vida com Deus, que é relacionar-se intensamente na fé e na prática com a Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo.

    43º Digo não aos novos modelos de crescimento de igreja copiados e que vêm sendo adotados no Brasil como uma solução para crescimento imediato, no intuito não de salvar vidas, mas de ganhar maior força política para fazer parte do governo.

    44º Repúdio aos eventos e à música gospel medíocre, com poesia sofrível e que não tem nenhuma finalidade de adoração ou louvor a Deus, mas com interesse puramente comercial.

   45º Repúdio à teologia da prosperidade que vende uma vida de sucesso aqui na terra, enquanto as almas clamam por uma salvação eterna, e que se revela eficaz, sim, mas somente aos seus proclamadores.

    46º Repúdio a todos os líderes evangélicos que fazem com que as pessoas pensem que todos os pastores são gananciosos e que as igrejas existem para enriquecer sua liderança.

    47º Repúdio a todos os ministérios megalômanos, onde o povo de Deus é visto como contas a receber, fonte financeira, mão de obra barata ou massa de manobra.

    48º Repúdio aos templos, ao institucionalismo, ao denominacionalismo e ao pulpitocentrismo, para que voltemos ao "instruí-vos uns aos outros", sem fórmula de crescimento G5, G8, G10, G12, G24...

   49º Repúdio às vaidades religiosas que adoram cargos, posições e títulos, com o único intuito de fazerem conchavos políticos que possibilitem eleições para os altos escalões denominacionais.

    50º Digo não à máquina religiosa que fabrica ícones, os quais brigam e se engalfinham pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante.

  51º Repúdio ao evangelho que se diz extravagante, que trás uma mensagem extravagante, um louvor extravagante, e que disfarça a dor material, mas que não consegue esconder a dor da alma.

   52º Repúdio aos evangélicos que não têm coragem de romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; que não conseguem voltar ao primeiro amor; e que tentam ganhar o mundo inteiro, enquanto a sua alma clama por salvação.

    53º Repúdio aos que banalizam o sentido original do evangelho, fazendo com que, no Brasil, os praticantes e pregadores do Evangelho de Jesus Cristo, sejam apenas mais um membro de um segmento do cristianismo divorciado de Cristo.

    54º Repúdio a todos os profissionais da fé que querem ser apenas evangélicos, e não querem se voltar para Jesus Cristo, para a boa nova que Ele é e ensinou.

    55º Repúdio à forma como muitos líderes evangélicos manipulam a Palavra de Deus para fazê-la dizer aquilo que interessa à mesquinhez dos gananciosos de púlpito.

    56º Repúdio à arrogância dos líderes evangélicos que por gritarem cada vez mais alto e se assemelharem a um apresentador de programa de auditório se acham mais espirituais do que os outros.

    57º Repúdio a todos os evangélicos que não têm a consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecar Deus.

   58º Digo não aos estudos e às leituras bíblicas de bibliólatras que não nos fazem ver Jesus Cristo, e sim alimentar uma espiritualidade que se sustenta em milagres e prodígios, no mínimo discutíveis.

    59º Repúdio a todos que transformam a mensagem do Evangelho em um guia religioso, no manual da verdade dos cristãos, em mais uma doutrina da Terra.

    60º Digo não aos que pensam que possuem a doutrina certa, mas que jamais tiveram a coragem de tentar vivê-la como mergulho existencial de plena confiança, usam-na apenas como guia de bons costumes e de elevados padrões morais.

    61º Repúdio às vaidades acadêmicas teológicas com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola, muitas vezes até se auto-intitulando apóstolos.

    62º Repúdio a todos os professores, mestres e doutores de teologia que tentam “estudar Deus”, e ensinar a outros a “anatomia do divino”, ou a buscar analisar Deus como parte de um processo, no qual Deus está aprendendo junto conosco, não sabendo tais “mestres” que são apenas fabricantes de ídolos psicológicos.

    63º Repúdio aos evangélicos que ainda não entenderam que amar o seu irmão é relacionar-se com ele como as crianças relacionam-se com os que as alimentam em profundo amor e senso de dependência, sendo um guardião e não um juiz do seu irmão.

    64º Digo não ao amor cristão que não agasalha no frio, não assiste na dor, não dessedenta na sede, não alimenta na fome, não reparte, não usa o pronome "nosso", mas, o pronome "meu".

   65º Repúdio a todos os instrumentos de manipulação religiosa utilizados pelas igrejas evangélicas para escravizar, em especial as pessoas que mais sofrem e estão abatidas pelo peso de suas culpas.

    66º Repúdio às igrejas evangélicas que sobrevivem da exploração de um mecanismo religioso, baseado na culpa, no medo e na ganância.

    67º Repúdio aos "pastores", "reverendos", "bispos", "apóstolos", que não aceitam mais serem servos uns dos outros, onde sejam movidos somente pelos dons do Espírito que dão o tom litúrgico da reunião dos Santos.

   68º Digo não às igrejas obcecadas pelo crescimento, que adulteram a mensagem do evangelho, tentando substituir a ação do Espírito Santo, que é a de "acrescentar dia a dia os que haverão de ser salvos".

    69º Digo não às igrejas que estão ensinando uma doutrina paupérrima, superficial e carnal, que estão matando a geração de profetas do amanhã.

    70º Digo não às igrejas que estão ensinando um evangelho modificado para agradar jovens, e que não procede da doutrina apostólica, que não procede da cruz, que não procede de Jesus, que não procede de Deus.

    71º Repúdio a todos os pastores e líderes religiosos que tratam a Graça de Deus como se fosse uma parte da Revelação, como mais uma doutrina, sem discernir que não há nada, muito menos qualquer Revelação, se não houver sempre, antes, durante, depois, transcendentemente e imanentemente, Graça e apenas Graça.

   72º Repúdio a todos os evangélicos que aderiram ao mecanismo de manipulação religiosa de obrigações e benefícios, e que confundem o verdadeiro Deus com outros deuses.

   73º Digo não a todos aqueles que desconhecendo a Revelação da Palavra da Graça do Evangelho de Deus, concordam em ver a Bíblia sendo ensinada por cegos que guiarão outros cegos. 

    74º Repúdio ao novo evangelho que facilita; que agrada à carne; ao evangelho de bailes, de encontros e festas gospel.

    75º Digo não a esta geração de evangélicos que se dizem radicais, mas sem cultura bíblica, sem uma vida de dedicação ao próximo, sem uma vida de oração, sem uma vida de profunda comunhão com Deus.

    76º Repúdio a todos os oportunistas mau caráter que se dizem evangélicos, e que fazem da religião um campo de atuação com potencial diabólico e escravizador.

    77º Digo não aos líderes evangélicos e a todos os seus seguidores que não têm experiência com Deus, são frios, carnais, promíscuos, mas que querem passar uma imagem de santidade com Deus.

    78º Repúdio aos líderes religiosos que transformaram em mero título, a sublime função dos presbíteros e diáconos, que sob unção da igreja local, devem cuidar da ministração da Palavra e da vida de oração da comunidade, a fim de que ninguém tenha necessidade: seja material, espiritual ou social. 

    79º Repúdio aos que classificam o evangelho, e pregam um evangelho para adolescentes, um evangelho para jovens, um evangelho para senhoras, um evangelho para cada tipo de pessoa.

    80º Digo não ao show gospel que acontece dentro e fora do “templo”, em substituição ao verdadeiro culto do povo a Deus, para que voltemos a ver Jesus Cristo onde dois ou três estiverem reunidos.

    81º Digo não às profecias liberadas pela boca dos pastores aos jovens, dizendo que são geração de Elias, geração boca de Deus, mas estas nunca se cumprem e nem se refletem no comportamento dos mesmos.  

    82º Repúdio a toda e qualquer tagarelice crentesca, interesseira e manipuladora, que em nada lembra o amor e doação de Jesus Cristo em favor de uma humanidade em pecado.

    83º Repúdio a todos os cristãos que “acreditam em Deus”, sem saber que nada fazem, mais que os demônios quando assim professam, posto que não estamos nesta vida somente para reconhecer que Deus existe, mas para amá-Lo e conhecê-Lo.

   84º Repúdio aos lideres evangélicos que fazem com que os verdadeiros cristãos sejam confundidos com os mercenários da fé que usam técnicas mirabolantes de marketing para manipular a ingenuidade e a ignorância de um povo sofrido.

   85º Repúdio à prática dos líderes evangélicos que fazem da igreja um negócio rentável e que vê as outras denominações apenas como uma empresa concorrente.

    86º Digo não aos cultos pentecostais e judaizantes com ritos, rituais e acessórios fantasiosos, com um cenário e uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual.

   87º Repúdio aos evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Estes provocam que as pessoas caiam sob o “poder de Deus” para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

   88º Repúdio aos líderes de jovens que, ao contrário de José, Davi, Estevão e muitos outros que procuravam viver uma vida de comunhão com Deus, estão mais para promotores de festas gospel em casas noturnas ou bailes em igrejas.

   89º Repúdio aos evangélicos com a mentalidade tão pequena que estão preocupados se podem beber vinho, usar piercing, fazer tatuagem, se tratar com acupuntura, ao invés de debater grandes temas e fazer um exercício religioso mais nobre.

    90º Repúdio aos ministérios evangélicos que possuem emissoras de TV, de rádio, editoras e gravadoras ditas evangélicas, que mantendo uma ridícula grade de programação, não possuem outro interesse que não seja o lucro.

   91º Repúdio aos ministérios evangélicos que transformam a igreja num mero supermercado ou shopping Center, que disponibilizam bênçãos a serem vendidas nas prateleiras espirituais, sob uma prática de leilão da maior oferta.

    92º Repúdio aos “pastores”, “bispos” e “apóstolos” que deturpam o evangelho para “estuprar” as mentes e os corações das pessoas que mais sofrem no Brasil, e que vêem na porta de um templo uma possível solução de seus problemas.

    93º Repúdio às experiências religiosas nefastas e danosas, que disfarçadas com prosperidades e obras sociais, não têm absolutamente nada haver com o evangelho de Jesus Cristo e nem com a espiritualidade cristã.

   94º Repúdio aos líderes evangélicos donos de igrejas, que criticam outras igrejas por adoração a ídolos e imagens, e colocam suas próprias imagens e das suas esposas em grandes painéis nas fachadas de suas igrejas.

    95º Repúdio às grandes igrejas que, não contentes em transformar seus ministérios em grupos comerciais, com gravadoras, editoras, rádio, TV, universidades entre outros, ainda lançam seus candidatos políticos e obrigam os membros a votarem, sob pena de serem considerados rebeldes. 



REFERÊNCIAS

COSTA, Antônio C. Convulsão protestante: quando a teologia foge do templo e abraça a rua. 1º Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2015

FILHO, Caio F. A. Desgosto. Em:

GONDIM, Ricardo. Estou cansado. Em:

KIVITZ, Ed R. Religião e Espiritualidade. Em:
< https://www.youtube.com/watch?v=lm4iroUDBK8>. Acesso em:  10 ago 2015.

RAMOS, Ariovaldo. Não quero ser mais evangélico. Em:

RAMLOW, Rodomar R. Carta de repúdio à igreja. Em: <http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/carta-de-repudio-a-igreja>. Acesso em: 06 out 2015.

SEVENDIGITAL. Acredite se quiser! Essa festa é numa igreja evangélica. Em: < https://www.youtube.com/watch?v=K2YBOsAFWNo >. Acesso em: 06 out 2015.

VEM SEGUE-ME. Diga não às igrejas e sim ao evangelho. Em: <https://www.facebook.com/vsegueme/about?section=bio&pnref=about>. Acesso em: 23 set 2015.

Por: Joelsam