Característica do documento Javista:
Datada em 950
a.C. Época do reinado de Salomão, antes da assim chamada divisão do reino (920
a.C).
Ele usa o Tetragrama hwhy (YHWH) como nome de Deus e sua concepção de
Deus seria antropomórfica.
Os críticos têm um apreço especial pelo texto de Êxodo 6.3 para
justificar a sua teoria.
Característica
do documento Eloísta:
R= Datada em 800 a.C, antes do assim chamado profetismo escrito.
Usa o nome de Deus como Elohim. Teria mais interesse nas coisas antigas.
Considera Deus como sublime e majestoso, sem a ideia antropormófica, e
praticamente inacessível ao homem.
O sobrenatural seria mais abundante nesse documento.
Na concepção desse suposto autor, Deus seria mais exigente em moral do
que o autor do documento “J”.
Característica
do documento Deuteronomista:
O documento
“D” seria o próprio livro de Deuteronômio. Século VII a.C.
Foi
composto possivelmente sob
a direção do
sumo sacerdote Hilquias, como programa oficial do partido da
reforma patrocinado pelo rei Josias, no avivamento de 621 antes da era comum.
A meta principal dessa reforma foi a
centralização do culto a Yahweh em Jerusalém e a eliminação dos muitos locais
de sacrifícios e dos
numerosos santuários situados
nos altos, distribuídos
por toda a
terra.
Este documento
foi influenciadíssimo pelo
movimento profético, com destaque a Jeremias.
Característica do documento Sacerdotal:
O “P” teria
sido produzido pela escola de sacerdotes por volta do ano 550 a.C.).
O estilo seria inconfundível,
caracterizado pela repetição; é preciso e abstrato nas descrições a respeito de
Deus.
Minucioso nas descrições das atividades
e assuntos referentes ao sacerdócio: sacrifícios e o tabernáculo.
Cronograma do avanço da crítica
literária na hipótese documental:
·
J – (Javista)
teria sido escrito c. de 950 a.C. por um
escritor desconhecido do reino sul.
·
E – (Eloísta)
teria sido escrito c. de 800 a.C. por escritor desconhecido do reino do norte.
·
JE – um redactor
desconhecido c. de 722 a.C. terá combinado JE num único documento.
·
D – (Deut.) teria
sido composto sob a direcção do sumo sacerdote Hilquias com o patrocínio do rei
Josias c. 650 a.C.
·
P – (Código
sacerdotal) teria sido composto em várias etapas a partir do exílio, desde
Ezequi-el, c. 550 a.C.
NÚMEROS
Título dado por causa dos dois recenseamentos.
Um no princípio do livro (1 – 4) e outro no capítulo 26.
Mais o principal caráter do livro não é o
recenseamento, mas o relato da história das peregrinações de Israel desde o
Sinai até a chegada à margem esquerda do rio Jordão
Quanto aos materiais didáticos e pedagógicos
que o compõe, divide-se em 3 aspectos :
·
Histórico;
·
Legal (leis);
·
Estatístico
(recenseamento).
Quanto ao aspecto TEOLÓGICO enfatizado no
livro também divide-se em 3:
·
O Senhor a havia
dado aos filhos de Israel;
·
A terra de Canaã
devia ser uma terra santa;
·
A terra devia ser
propriedade perpetuamente de Israel.
O livro está totalmente voltado para a
ocupação da terra de Canaã, iniciando pelos preparativos para a viagem, a
viagem, a tentativa de conquista e a peregrinação nos períodos subseqüentes.
SACRIFICIO
O sacrifício foi instituído por Deus para
ligar a nação de Israel a Ele, ou seja, era o meio pelo qual o povo poderia
aproximar-se de Deus.
A pesar desse sistema já existir desde os
tempos primitivos com o caso de Caim e Abel, ter ficado na memória do povo
durante muitos anos, com o tempo os sacrifícios foram unidos a costumes pagãos
pelos os que não conheciam a Deus.
Talvez o povo não distinguissem direto os
diversos tipos de oferta, por isso, após a Saída do Egito, como povo da
aliança, eles receberam as devidas instruções sobre os sacrifícios.
No sistema mosaico, o motivo básico de
sacrifício era a substituição e seu fim a expiação. Os pecados eram
sumamente graves porque era contra Deus
e dignos de morte, onde a morte de um animal cancelava ou retirava o pecado.
O sangue é o principio vital, mas não tem
significado em sim mesmo, e apenas representa um símbolo de uma vida oferecido
na morte. E isso representava a graça divina e era o coração da antiga aliança.
Por isso, que se diz, que o Levítico é um evangelho revestido de roupagem simbólica.
Portanto, essa lei do sacrifício tinha como
ideia:
1º - substituição e expiação;
2º - Consagração (Ao colocar as mãos sobre o
animal..);
3º - Mordonia e administração dos bens
materiais;
4º - Jubilosa comunhão com Deus nas ofertas de paz;
5º - Adoração (prestar culto a Deus e
submissão);
Mas o maior erro do povo de Israel, foi achar
que Deus se importava mais com as ofertas do que com o coração do ofertante.
O CARÁTER DE
DEUS
Nesse contexto , Números ressalta a
presença de Deus no meio do seu povo enquanto estavam no deserto. Onde essa
presença era marcada principalmente por uma nuvem ambulante que indicava o
caminho, e a noite uma coluna de fogo.
Essa presença através da nuvem era tão marcante que até outros povos como
cananeus e egípcios reconheciam. Quando ela não estava, representava derrota
para o povo, ou em sua presença a vitória, e normalmente ela aparecia em
momentos de crise.
Uma coisa a observar, era que os
móveis e utensílios sagrados do tabernáculo, eram símbolos potentíssimos de Deus que participavam de sua
santidade.
Os atributos do caráter de Deus é
dividido em:
·
A presença real e
visível de Deus entre o povo;
·
A santidade de
Deus;
·
A graça de Deus;
·
A constância de
Deus.
Um dos atributos do Caráter de Deus
é a sua graça, enfatizada pelo livro de números. Onde a santidade de Deus era
contrabalanceada por essa graça, quando ele disponibilizou os sacrifícios e os
sacerdotes para interceder pelo povo.
Segundo o escritor, a geração que
saiu do Egito experimentou todas as promessas feitas aos patriarcas, menos a
entrada na terra de Canaã.
Todos
esses aspectos do caráter de Deus são
endossados no Novo Testamento, onde a Jerusalém celestial é descrita como lugar onde os ideais de números
encontram total cumprimento. E no NT também é reafirmado as doutrinas da
santidade, da graça e constância de Deus.
Por: Joel S. Barros
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